Curitibanos criam muro alternativo para a Cisjordânia e ganham prêmio internacional
O projeto dos estudantes da UTFPR prevê painéis de LED que permitem ver a silhueta de quem está do outro lado do muro e interação entre os dois lados da fronteira.
O conflito entre Israel e Palestina já dura mais de um século, e no início dos 2000 levou à construção de um muro na Cisjordânia para separar os povos envolvidos na guerra. Como forma de contribuir para o debate, este foi o tema escolhido pelos estudantes Caroline De Carli e João Pedro Lopes Andrade para participar da CLUE Competition, concurso internacional de iluminação urbana no qual foram premiados em 3º lugar com o projeto Awallness.
Os participantes deveriam responder, com seus projetos, como utilizar a iluminação pública para ir além de sua função tradicional e interagir com os sentidos humanos. O Awallness — nome que faz trocadilho com a palavra awareness, “conscientização”, e wall, “muro” — propõe painéis de LED instalados nos dois lados da barreira existente na Cisjordânia. Neles, seria possível ver a silhueta das pessoas que estão passando do outro lado. Mas a ideia não para por aí: a proposta também torna possível a comunicação entre os dois lados.
Ao encostar na parede, o outro painel, além da silhueta, mostra um ponto vermelho. Quando duas pessoas encostam no mesmo local,um sensor permite que ambas se falem. “O projeto é uma crítica para mostrar que as pessoas não estão sozinhas. A gente estudou a área — o que está acontecendo agora, a história deles — e queria criar algo que fosse capaz de estimular o pensamento crítico”, explica De Carli, que é estudante de Arquitetura na Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR).
Fonte: HAUS
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